MAL- ESTARES DOCENTES E RELAÇÕES ESTABELECIDAS NAS ESCOLAS

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/epistimoniki.v1i3.19

Palavras-chave:

Professor, Relações, Mal-estares

Resumo

Este artigo advém de minha pesquisa de doutorado e aborda um dos aspectos que leva professores e professoras a vivenciarem o mal-estar docente. O conceito que foi construído na pesquisa é o de que o mal-estar docente é um dos traços da profissão professor na contemporaneidade e evidencia-se através da manifestação de dificuldades ou impossibilidades de lidar com as problemáticas que estão presentes na escola. A manifestação do mal-estar docente se dá através de relatos de sentimentos de angústia, desconforto e impotência, resultantes do tensionamento nas relações estabelecidas. Ser professor/professora implica em intervir, interagir, mediar, o mal-estar aparece quando o professor/professora não dispõe de elementos, das mais variadas origens, para uma intervenção qualificada. Neste sentido, os dados levantados apontam que os principais fatores de mal-estar advêm das relações e da valorização do professor, tendo as questões estruturais e de salário como fatores secundários.  Nessas relações ganha destaque o mal-estar relacionado ao aluno/aluna incluído nas escolas após a democratização do ensino e ao aluno/aluna que não está mobilizado para aprender. Por fim, trabalho com a ideia de que o mal-estar docente, mais do que um incômodo ou sentimento difuso e passageiro, ou um ciclo degenerativo da eficácia docente, é um fenômeno que não está situado apenas no indivíduo, mas nas relações que se estabelecem na escola e na sociedade e, portanto, podemos nos referir à mal-estares.

Biografia do Autor

Silvana Maria Aranda, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui Graduação em Pedagogia - séries iniciais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007) e Especialização em Tecnologias da Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2023). Na Rede Municipal foi professora do Ensino Fundamental e Assessora Pedagógica da Prefeitura Municipal de Porto Alegre na área de educação. Trabalha na Formação de Professores e Estágio Supervisionado. No Ensino Superior atuou como Representante Docente na Subcomissão de Formação Docente (2020-2022); Coordenadora Adjunta do curso de Pedagogia (2020-2021); Coordenadora da Brinquedoteca (2014-2015). Atualmente é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no Departamento Interdisciplinar do Campus Litoral Norte; Foi coordenadora do subprojeto de Alfabetização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Possui pesquisas nas seguintes temáticas: ortografia, mal-estar docente, violência, exclusão, fracasso e sucesso escolar, sendo autora do livro Olhares sobre o mal estar docente publicado em 2023.

Referências

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Publicado

2024-10-30

Como Citar

Aranda, S. M. (2024). MAL- ESTARES DOCENTES E RELAÇÕES ESTABELECIDAS NAS ESCOLAS. EPISTIMONIKI: Revista De Educação, Práticas Interdisciplinares E Inovação Científica, 1(3). https://doi.org/10.56579/epistimoniki.v1i3.19

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